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Conhecendo quatro artefatos do Museu Egípcio de Turim

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Os artefatos apresentados abaixo, com exceção das caixas de vasos canópicos e um conjunto de vasos canópicos, fazem parte da exposição “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade”, do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), que contém obras do acervo do Museu Egípcio de Turim da Itália. Cada um desses artefatos mostra um pouco sobre o estilo de diferentes épocas e também sobre a sua importância no rito funerário. É importante ressaltar que o processo funerário no antigo Egito era composto de uma série de artefatos e rituais, e aqui será mostrado alguns deles. Múmia   Os egípcios antigos desenvolveram um processo muito bem elaborado na arte da mumificação para a preservação dos corpos, com o intuito do falecido poder reviver no pós-vida. Porém até o momento, não foi encontrado textos egípcios que descrevam o método utilizado naquela época. Há apenas um documento produzido pelo grego Heródoto que esteve no Egito no final do período ptolomaico, mas o seu relato não é considerado tão confiáve

A famosa estátua do Escriba Sentado

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Ela foi descoberta em Saqqara pelo arqueólogo Auguste Mariette em 1850 e data da 4ª ou 5ª dinastia (2610-2345 a.C.) e foi feita de calcário pintado, olhos de cobre, alabastro e cristal de rocha, medindo 53,70 cm de altura, 44 cm de largura e 35 cm de profundidade. Não se sabe quem a estátua representa porque provavelmente o nome do proprietário e seu(s) título(s) foram descritos na base, que não se tem mais. Ela encontra-se no acervo do Museu do Louvre em Paris. Estátua do escriba sentado. Fotógrafo desconhecido, História das Artes. A posição em que a estátua é representada é incomum porque os antigos egípcios não costumavam retratar um escriba em atividade. Nenhum faraó, por exemplo, chegou a ser retratado dessa forma. De acordo com o museu, provavelmente ela tenha sido feita para representar algum membro da família real, como por exemplo, um filho ou um neto, assim como ocorreu na 4ª dinastia, com os filhos do faraó Didufri, um dos filhos do faraó Quéops. Detalhe da estátua do escrib

Peitoral da rainha Ahhotep I

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Esse lindo peitoral feito de ouro e incrustado com pedras preciosas, com 9,2cm de largura e 7,2cm de altura, pertence a rainha Ahhotep I, esposa do faraó Seqenenre Taa II. Ele foi encontrado em Dra Abu el-Naga, em Luxor. Peitoral feito em ouro e incrustado com pedras preciosas da rainha Ahhotep I. Fotógrafo desconhecido, Facebook The Egyptian Museum, Cairo. Quem foi Ahhotep I? A rainha Ahhotep I viveu entre o final da 17ª dinastia (Segundo Período Intermediário) e início da 18ª dinastia (Novo Império). Quando seu marido morreu na batalha contra os hicsos, que governavam o norte do Egito na época, seu filho Kamose assumiu o poder por um período curto, mas também acabou morrendo em batalha. A partir daí o filho Ahmose passou a ser o novo faraó, mas como ainda era uma criança, Ahhotep I passou a ser regente de seu filho. Sabe-se que a guerra durou muitos anos, mas a rainha Ahhotep I conseguiu proteger o Egito não só contra os hicsos, mas também contra os núbios, até que Ahmose tivesse ida

A estátua da ama de leite do faraó Tutankhamon

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Essa estátua feita em calcário representa Maya, a ama de leite do faraó Tutankhamon, e o próprio faraó ainda criança sendo amamentado. Ela foi descoberta no cemitério de animais sagrados em Saqqara em 1968. Estátua de Maya amamentando o faraó Tutankhamon. Fotógrafo desconhecido, Portal do Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito. Segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, é bem provável que a estátua estivesse em algum compartimento da tumba de Maya, em Saqqara, antes de ter sido levada para o cemitério de animais, entre o período tardio ou ptolomaico. Isso porque a tumba de Maya foi usada no período tardio para sepultamento de gatos. “A tumba de Maya é dividida em dois níveis onde no superior existem duas câmaras para cultos e no inferior câmaras funerárias; é na primeira capela do nível superior onde encontra-se uma breve biografia da Maya, inclusive uma das suas imagens mais famosas onde ela tem em seu colo um garoto, o próprio Tutankhamon”. (ARQUEOLOGIA EGÍPCIA,

Duas pequenas estátuas do Museu da Mumificação

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O Museu da Mumificação, localizado em Luxor, contém em seu acervo muitos artefatos interessantes, além de múmias de pessoas e animais. Veja mais detalhes no "Saiba mais". Essas duas pequenas estátuas, uma da Deusa Néftis e a outra do Deus Osíris, também pertencem ao Museu da Mumificação e embora sejam pequenas, não são menos importantes do que outros artefatos maiores. Conheça um pouco sobre elas abaixo. Estátua da Deusa Néftis A deusa Néftis (uma das deusas da enéade da cidade de Heliópolis), cujo nome significa "Senhora da Casa" ou "Senhora do Templo", é esposa do deus Seth (seu irmão). E irmã dos deuses Ísis e Osíris, que também eram um casal. De acordo com a crença da antiga civilização egípcia, Néftis e sua irmã Ísis ficaram muito tristes com a morte de seu irmão Osíris, que foi assassinado por Seth. Por isso se tornou comum representar essas duas deusas no contexto funerário, em posição de luto (ajoelhadas), e colocar suas estátuas nas extremidades d

Quatro artefatos do Museu de Hurghada

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Esses quatro artefatos belíssimos estão no Museu de Hurghada. Todos eles foram muito bem feitos e possuem uma riqueza de detalhes que impressionam. 1- Estátua de um servo moendo grãos Estátua de um servo moendo grãos. Fotógrafo desconhecido, Facebook Hurghada Museum.   Essa estátua representa um trabalhador moendo grãos para o preparo de alimentos. "Estatuetas de servo estão entre os achados mais importantes nos túmulos dos operários que construíram as Pirâmides de Gizé. Pão e cerveja eram os alimentos básicos da dieta egípcia antiga, e isso se reflete na abundância de estatuetas de servo envolvidas na fabricação desses dois produtos ali encontrados.". (FACEBOOK HURGHADA MUSEUM,2020). 2- Estátua de Nemtynefer e sua esposa Estátua de Nemtynefer e sua esposa. Fotógrafo desconhecido, Facebook Hurghada Museum.   Essa estátua representa o amor que o marido e sua esposa sentem um pelo o outro. "A base da da sociedade egípcia antiga era o núcleo familiar, e o homem e sua esposa

Estátua do Faraó Quéops

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O faraó Quéops (c. 2589–2566 aC), também conhecido como Khufu, é muito famoso por duas grandes construções que são admiradas pelo mundo todo, a Grande Pirâmide de Gizé e o seu barco funerário, que encontra-se no Museu do Barco Solar. Veja mais detalhes no "Saiba mais". Apesar desse faraó ter feito grandes construções, que nos mostram o poder que ele tinha, chega a ser irônico o fato de não ter sido encontrado diversas estátuas dele, como era de se esperar. O único exemplar encontrado trata-se de uma pequenina estátua de 7,5cm de altura que está no Museu Egípcio do Cairo. Esse artefato feito em marfim e encontrado em Abydos em 1903 pelo arqueólogo e egiptólogo britânico Flinders Petrie, pertence à 4ª dinastia. Estátua do faraó Quéops. Fotógrafo Marwa El Sheemy - MoTA, Ministry of Tourism and Antiquities. Estátua do faraó Quéops. Fotógrafo Marwa El Sheemy - MoTA, Ministry of Tourism and Antiquities.   Graças a Flinders Petrie esse artefato não ficou incompleto, porque no moment

Tabuleiro de Xadrez duplo - Vídeo

Nesse vídeo divulgado pelo Museu Egípcio de Turim o egiptólogo Alessandro Girardi fala um pouco sobre um artefato que foi muito importante na vida dos antigos egípcios, o tabuleiro de xadrez duplo, que servia tanto para o jogo dos 20 quadrados quanto para o senet. O jogo Senet, que significa passagem, era um jogo de tabuleiro com 30 casas, organizados em 3 linhas de 10 casas, onde algumas eram marcadas com hieróglifos. Ele continha algumas casas benéficas e outras maléficas. Era jogado com ou sem adversário e ao contrário do que se imagina, ele não era utilizado para diversão. Segundo explicação do Museu Metropolitano de Arte de Nova York, o jogo dos 20 quadrados funcionava da seguinte forma: "Como o senet, "vinte quadrados" era um jogo para duas pessoas. Os jogadores lançavam os dados para determinar como mover as peças do jogo. Dependendo de como os dois jogadores lançavam os dados, eles poderiam jogar as peças do jogo no tabuleiro. Eles competiam entre si pela linha c

Face de madeira

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Essa face de madeira com detalhes incrustados em pasta de vidro é o fragmento de um sarcófago antropoide (provavelmente feminino) e data do período Ramessida das dinastias 19 à 20 no Novo Reino (1295-1069 a.C.). Não se tem conhecimento da origem desse artefato e nem mesmo quem era o(a) proprietário(a), mas pela qualidade da peça, acredita-se que pertencia a uma pessoa da alta sociedade do antigo Egito. Face de madeira. Fotógrafo desconhecido, Facebook Museu Egípcio de Turim.   O Museu Egípcio de Turim descreve os detalhes desse artefato da seguinte forma: "Os longos cílios, em madeira mais escura, acompanhavam o contorno interno da peruca, agora perdida, mas ainda se vêem vestígios dela na testa. O contorno dos olhos também é enfatizado por uma incrustação que reproduz o efeito kohl. O globo ocular é feito de pasta de vidro branca em que se destaca o preto da íris. O rosto fica com uma cor avermelhada não pela aplicação de um pigmento de cor, mas pela alumina usada para aplicar a

Mesa de oferenda

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Dentre os muitos artefatos encontrados em tumbas ou templos, é comum encontrar a mesa de oferenda, que poderia ficar em frente a uma porta falsa, em frente a uma estátua ou imagem do falecido conhecida como Ka (energia vital), estela ou até mesmo desenhada na parede. E isso se deve ao fato dos antigos egípcios acreditarem na vida porque para eles não existia a morte, mas sim uma passagem para que suas vidas continuassem em uma nova jornada. E de acordo com essa crença deles, a nova vida seria uma continuação da vida que tinham, mas muito melhor porque estariam ao lado dos deuses. Mesa de oferenda. Fotógrafo desconhecido, Ministry of Tourism and Antiquities. Mesa de oferenda. Fotógrafo Gérard Ducher, Wikipédia. Estela  com mesa de oferenda. Fotógrafo desconhecido, O Globo. Mesa de oferenda na tumba do príncipe Khufukhaf I. Print do tour Matterport. Mesa de oferenda de Mentuemhat da época do faraó Taharqa. Fotógrafo desconhecido, Cada viagem uma bagagem. Assim como todos os outros itens