Khol

É comum ver em desenhos nas paredes das tumbas, em estátuas humanas ou desenhos feitos em papiros, por exemplo, as pessoas ou deuses serem retratados com um contorno geralmente preto nas pálpebras ou nas sobrancelhas. Isso pode dar a impressão de que os antigos egípcios eram muito vaidosos e adoravam uma maquiagem, mas na verdade, isso era uma necessidade.

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Khol sendo utilizado nas pálpebras e sombrancelhas. Fotógrafo desconhecido, Arqueologia Egípcia.
 
Para entender melhor, é necessário saber que essa civilização antiga convivia com o calor do deserto do Saara e tinham que enfrentar muita areia que era levada pelo vento. Com isso, havia uma necessidade muito grande em prevenir doenças na pele e nos olhos. É através dessa necessidade que foram criados diversos unguentos e pastas que eram utilizadas nas pálpebras. Essa pasta preta utilizada na pálpebra ou na sombrancelha pelos antigos egípcios era chamada de khol ou mesdemet.

O khol era usado por homens e mulheres e servia para conter parte da luz solar e também evitar que a areia do deserto que era carregada pelo vento chegasse aos olhos. É difícil falar com exatidão sobre a composição do khol, mas há algumas teorias, como por exemplo, que era o resultado da malaquita triturada. Ou era o resultado da mistura de ardósia, esteatito e grauvaque. Ou que era obtido através da estibinita ou da galena.

O khol era tão importante para essa civilização que era comum ele fazer parte do enxoval funerário.

De acordo com várias descobertas que foram feitas no Egito ao longo do tempo, dá para ver que o khol era armazenado em um recipiente que assemelha-se aos que são utilizados hoje em dia em cosméticos para os olhos. Eles variavam em relação a tamanho, cor e material em que eram feitos, mas a utilização, ou seja, a forma de usar o khol era através de uma vara de madeira ou faiança.

Recipiente feito em alabastro para armazenar o khol. Fotógrafo desconhecido, Antigo Egito.

Recipiente feito em faiança para armazenar o khol, com inscrições que referem-se ao faraó Amenhotep III e a rainha Tiye. Fotógrafo desconhecido, Wikimedia.

Recipiente para armazenar o khol. Fotógrafo desconhecido, Wikiwand.

Recipiente para armazenar o khol. Fotógrafo Everson Duarte Cazzaniga, Pinterest.

Recipientes para armazenar o khol. Fotógrafo desconhecido, Xsierrav.

Recipientes para armazenar o khol. Fotógrafo desconhecido, Xsierrav.

Recipientes para armazenar o khol. Fotógrafo desconhecido, Família Petroski.
 

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Referência: JAMILLE,Márcia. Passado e presente: Tubo para guardar Kohl. Arqueologia Egípcia,2013. Disponível em: http://arqueologiaegipcia.com.br/2013/06/15/passado-e-presente-tubo-para-guardar-kohl/. Acesso em 27 de Outubro de 2020.

Referência: Antigo Egito. Wikipédia,2020. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Egito. Acesso em 27 de Outubro de 2020.

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