Artefatos egípcios foram a leilão no Christie's
Divulgado em: 16/12/2020.
Nos dias 16/12/2020 e 17/12/2020 alguns artefatos egípcios foram a leilão na casa de leilões britância Christie's, onde muitos deles foram vendidos. Essa casa já chegou a vender em julho/2019 um busto do faraó Tutankhamon por £ 4,7 milhões.
É triste saber que muitos artefatos que pertenceram a antiga civilização egípcia continuam fora de seu país, chegando até a serem vendidos. Isso ocorre porque no passado houve muito descaso com toda a história dessa civilização, onde diversos artefatos e até múmias foram doados e roubados. Houve época em que o governo do Egito concedia parte do tesouro encontrado, para países que estivessem participando de escavações.
Hoje em dia sabemos que o correto é que todos os tesouros egípcios estivessem em casa, mas qual país ou pessoa que tem artefato dessa época, quer devolvê-lo ao Egito? Infelizmente nos dias atuais isso envolve uma série de fatores, principalmente dinheiro. Imagine museus da Itália, Nova York, França e tantos outros, devolvendo esses artefatos e deixando de lucrar por falta deles. Algo difícil de acontecer, não é mesmo?
No Brasil, um bom exemplo de museu que consegue atrair os olhos do visitante, apresentando artefatos do antigo Egito belíssimos e cheios de história para contar, é o Museu Egípcio e RosaCruz Tutankhamon de Curitiba, que foi feito em parceria com o renomado arqueólogo e egiptólogo egípcio Dr. Zahi Hawass. Todos os artefatos desse museu são réplicas perfeitas que podem ser confundidas com as originais por pessoas que não sabem desse detalhe.
Esse é um exemplo a ser seguido...
O leilão do Christie's teve peças de outras civilizações também, como grego e romano. Confira abaixo todos os artefatos egípcios desse leilão:
Sarcófago de madeira policromado de Khamhor
Esse sarcófago de madeira policromado de Khamhor é do período tardio, da 26ª dinastia (664-525 a.C.), e mede 193cm de altura. Os detalhes divulgados sobre essa peça foram: "Inscrito ao redor dos pés com a fórmula de oferta padrão 'Uma oferta dada pelo rei a Osíris, o senhor de Busiris, Khentyamentet o grande deus, o Senhor de Abidos, para que dê uma oferta de invocação de pão, cerveja, bois, pássaros, alabastro, roupas e todas as coisas boas e puras sobre as quais o deus vive, para o ka do venerado Khamhor.
Khamnhor usa uma peruca, barba postiça e um elaborado colarinho largo, típico de sarcófagos desse período. Rara, porém, é a representação do corpo
envolto em linho branco pregueado. Alguns outros exemplos, sem os detalhes das pregas, foram encontrados na área de Heracleópolis Magna". (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Com a Galerie Philippe Dodier, Avranches, França.
Coleção particular francesa, Rennes, adquirida posteriormente a maio de 1968". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça teve seu valor estimado entre £120,000 - 180,000. Até a finalização dessa postagem, não havia informação dizendo se esta peça foi vendida, no site do Christie's.
Sarcófago de madeira policromado de Khamhor. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Azulejo de faiança branca com pássaro Rekhyt
Essa peça do período do novo reino, entre a 19ª e 20ª dinastia (1292-1069 a.C.), mede 9,2cm de altura e 10,2cm de largura. O Christie's a descreve da seguinte forma: "O azulejo é moldado em relevo e mostra um pássaro Rekhyt sentado em um sinal neb com detalhes quadriculados. O pássaro é um abibe com mãos humanas levantadas em adoração e representa a população do Egito - especificamente as pessoas comuns. Com o sinal neb (todos) e a estrela de cinco pontas dwa (adorar), o significado se torna "todos os egípcios (o povo comum) adoram". O objeto de adoração pode ser um rei ou deus, dependendo do contexto de onde o azulejo foi colocado como decoração - um templo ou um palácio". (CHRISTIE'S,2020).
Com relação a proveniência do artefato, as informações divulgadas são: "Com JJ Klejman, Nova York, 1968.
Propriedade vendida em benefício da Fundação Mozes S. Schupf Inc .; Antiquities, Sotheby's New York, 8 de junho de 1994, lote 9.
Coleção particular do Reino Unido, adquirida na venda acima.". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça que teve seu valor estimado entre GBP 7.000 - GBP 9.000, foi vendida por GBP 8.750 (cerca de R$60.374,92).
Azulejo de faiança branca com pássaro Rekhyt. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Azulejo de faiança branca com pássaro Rekhyt. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de madeira de um oficial
Essa estátua de madeira de um oficial é do período do reino médio, da 12ª dinastia (1981-1802 a.C.), e mede 31,5 cm de altura. Quanto ao detalhe dessa peça, o Chistie's diz: "Para a forma do saiote, compare a figura de madeira de um homem, dito ser de Assiut, agora no Louvre, pp. 206-207 em E. Delange, Catalog des statues égyptiennes du Moyen Empire, 2060-1560 avant J.- C. , 1987". (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Coleção particular francesa, recebida como presente de casamento em 1952 de Jacques Vandier (1904-1973), ex-conservador de antiguidades egípcias do Louvre; daí foi transferida para o atual proprietário". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça que teve seu valor estimado entre GBP 30.000 - GBP 50.000, foi vendida por GBP 35.000 (cerca de R$241.499,68).
Estátua de madeira de um oficial. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de madeira de um oficial. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de madeira de um oficial. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de madeira de um oficial. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Máscara de cartonagem pintada
Essa máscara de cartonagem pintada é do período do novo reino, da 19ª dinastia (1292-1185 a.C.), e mede 21,5cm de altura. Com relação aos detalhes, foi divulgado o seguinte: "Pintado em policromia, os grandes olhos delineados com extensas linhas cosméticas e sobrancelhas delineadas, vestindo uma peruca estriada com os restos do disco solar central e asas abertas". (CHRISTIE'S,2020).
Com relação a proveniência da peça, foi divulgada a seguinte informação: "Albert Ferdinand Pagnon (1847-1909), coleção, Luxor; daí por descendência para seus herdeiros, Paris.
Fine Antiquities, Christie's, London, 9 de dezembro de 1993, lote 195". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça que teve seu valor estimado entre GBP 15.000 - GBP 20.000, foi vendida por GBP 18.750 (cerca de R$129.374,83).
Máscara de cartonagem pintada. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Jarra de faiança
Essa jarra de faiança é do período do novo reino, da 18ª dinastia (1550-1292 a.C.), e mede 12,8 cm de altura. Os detalhes divulgados dessa peça foram: "Quatro pequenos jarros de cerâmica de pescoço longo vindos dos enterros tebanos do período anterior de Tutmosida foram quase certamente importados para o Egito, provavelmente da Palestina-Síria. De um tipo bem conhecido e amplamente distribuído por todo o mundo mediterrâneo oriental, eles são feitos de uma porcelana negra de granulação fina, não aparentemente originária do Egito. A mesma louça foi usada na manufatura de um vaso delgado ovóide sem alças, também de tipo não egípcio. A escolha do material no vaso sugere que ele foi feito no Egito, mas sob influência siro-palestina. A forma sugere que este frasco pode ter contido ópio exportado do Mediterrâneo, que era usado por suas propriedades medicinais." (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "The Groppi Collection, Suíça; adquirida nas décadas de 1920-1940.
The Groppi Collection, Christie's, Londres, 26 de abril de 2012, lote 25.". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça que teve seu valor estimado entre GBP 15.000 - GBP 25.000, foi vendida por GBP 4.375 (cerca de R$30.187,46).
Jarra de faiança. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Figura de calcário de uma princesa de Amarna
Essa figura de calcário do reinado do faraó Akhenaton, pertence a uma princesa de Amarna do período do novo reino, da 18ª dinastia (1347-1345 a.C.), e tem 34,3cm de altura.
As informações divulgadas com relação ao detalhe dessa peça foram: "Esculpido no estilo ousado inconfundível do início do período de Amarna, este dorso e cabeça bem preservados de uma jovem provavelmente derivam de um dos grupos escultóricos de Akhenaton e Nefertiti, flanqueados por suas filhas que foram esculpidas na rocha viva dos penhascos ao redor da antiga cidade de Akhetaton, nos anos que se seguiram à sua fundação no ano de reinado 5. Colocadas ao lado de estelas de limite de até 8 metros, representando a família real orando ao deus-sol Aton, essas estátuas em tamanho real forneceram uma confirmação impressionante quando vistas de baixo, do poder da visão da realidade de Akhenaton, empregando o novo estilo artístico exagerado desenvolvido para retratar a família real, nos primeiros anos após a mudança da tradicional capital religiosa de Tebas. Apesar da representação aparentemente madura da grande cabeça, com seus lábios carnudos e orelha furada, o tratamento do dorso nu com barriga suavemente arredondada acima do monte púbico permite sua identificação segura como uma jovem princesa Amarna. Parte do espaço negativo que conecta o corpo à rocha viva também é preservado. No entanto, não há nenhum traço claro do tronco lateral típico da juventude, conhecido de algumas das estátuas das princesas de Amarna. A torção do corpo e a perna esquerda ligeiramente avançada indicam que a princesa foi mostrada caminhando, uma pose típica de muitos dos grupos de estelas que sobreviveram e da maioria das estatuetas de princesas de Amarna. O umbigo em forma de leque típico da escultura de Amarna também é colocado fora do centro, refletindo o deslocamento do peso para o pé esquerdo. Seu braço direito está dobrado contra o peito e talvez uma vez segurou uma pequena fruta redonda ou pássaro, como em várias outras representações. A pequena mão entalhada em relevo em seu ombro direito demonstra que esta peça deriva de uma estátua de par das duas filhas mais velhas de Akhenaton, em um abraço protetor. Esta estátua provavelmente representava a princesa Meketaton abraçada por sua irmã mais velha, Meritaton; a identidade das duas meninas é afirmada em inscrições com os nomes de ambas nas monumentais estelas de fronteira e em retratos em relevo das princesas esculpidas ao lado de suas estátuas. Após o nascimento da terceira filha de Akhenaton e Nefertiti, Ankhesenpaaten, figuras independentes dessa princesa foram adicionadas ao lado das estátuas existentes. É improvável que este exemplo tenha representado a Ankhesenpaaten, uma vez que é claramente parte integrante de um par." (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Coleção Leo Mildenberg (1913-2001), Zurique, antes de 1960.
Spink & Son Ltd., Londres, fotografado por Bernard V. Bothmer (arquivos do Museu de Arte de Brooklyn, nº. L 9683-A, -B e - C).
Denys Sutton (1917-1991), Londres, adquirido posteriormente em novembro de 1960.
Propriedade da Coleção de Denys Sutton; Sotheby's, New York, 10 de dezembro de 2008, lote 15." (CHRISTIE'S,2020).
O Christie's não conseguiu vender essa peça no leilão.
Figura de calcário de uma princesa de Amarna. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Figura de calcário de uma princesa de Amarna. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Figura de calcário de uma princesa de Amarna. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Figura de calcário de uma princesa de Amarna. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Figura de calcário de uma princesa de Amarna. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Gato de bronze
Esse gato feito em bronze é do período ptolomaico (332-30 a.C.) e mede 16cm de altura. No site do Christie's não foi divulgado detalhes sobre essa peça.
A proveniência divulgada foi: "Anteriormente na coleção do Barão HW Herwarth von Bittenfeld (1871-1942).
Sra. Elias-Vaes, Amsterdã, adquirida na década de 1960 ou início da década de 1970.
Vinte quartos: A coleção particular da falecida Sra. Elias-Vaes; Christie's, Amsterdam, 27 de abril de 2010, lote 27." (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça que teve seu valor estimado entre GBP 15.000 - GBP 25.000, foi vendida por GBP 27.500 (cerca de R$189.749,75).
Gato de bronze. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Gato de bronze. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de bronze de Osíris-Ptah
Essa estátua de bronze de Osíris-Ptah do reinado de Psamtik I é do período tardio, da 26ª dinastia (664-610 a.C.) e mede 21cm de altura. Os detalhes divulgados sobre essa peça foram: "Entre os melhores produtos conhecidos da metalurgia egípcia do período tardio, esta figura de bronze de Osíris-Ptah combina a iconografia tradicionalmente identificada com duas grandes divindades egípcias.
Em sua mão direita, o deus segura um ankh, o hieróglifo para "vida", aqui provavelmente servindo como um jogo de palavras para o epíteto neb ankh, "Senhor da vida", um epíteto bem atestado de Osíris-Ptah. Uma pequena capela de Osíris-Ptah, Senhor da Vida, foi construída no final da 25ª dinastia pelos faraós Kushite Taharqo e Tanutamani ao longo da rota processional do templo de Karnak ao recinto da deusa Mut, e é possível que os melhores exemplos, como o o atual foi dedicado lá por funcionários abastados na época ou logo depois. No entanto, também é possível que algumas dessas peças tenham origem no Baixo Egito". (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Frederick Henry von Schleinitz (1916-1995), Wisconsin, adquirido no Cairo, 1954.
Propriedade da Coleção de Frederick Henry von Schleinitz; Antiquities, Sotheby's, New York, 2-3 de Dezembro de 1982, lote 109.
Antiquities, Sotheby's, New York, 17 de Dezembro de 1992, lote 26 (não vendido).
Coleção particular, propriedade americana de uma coleção particular americana; Antiquities, Sotheby's, New York, 8 de junho de 2011, lote 63". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça que teve seu valor estimado entre GBP 80.000 - GBP 120.000, foi vendida por GBP 387.500 (cerca de R$2.673.746,45).
Estátua de bronze de Osíris-Ptah. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de bronze de Osíris-Ptah. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de bronze de Osíris-Ptah. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de bronze de Osíris-Ptah. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de bronze de Osíris-Ptah. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de bronze de Osíris-Ptah. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Barco de papiro
Esse barco de papiro é do período pré-dinástico (3400-3200 a.C.). Os detalhes divulgados dessa peça foram: "No antigo Egito, os barcos eram vitais para quase todos os aspectos da vida diária, incluindo viagens, comunicação, alimentação e empreendimentos comerciais. Sua universalidade foi capturada na arte no início do período pré-dinástico, com representações pintadas em potes, lençóis e paredes de tumbas, bem como paletas de pedra esculpidas em suas formas. No final da Naqada II e continuando no início do período dinástico, modelos de barcos, como o exemplo apresentado aqui,
foram colocados em tumbas com a função simbólica de garantir a mobilidade para o falecido na vida após a morte. Posteriormente, foram substituídos pelo barco de madeira, modelos que começaram a ser usados no Reino Antigo.
Este barco em forma de canoa é decorado com tema vermelho escuro, representando a travessia de uma paisagem montanhosa em uma área de água. A tripulação e os passageiros são representados no interior e no exterior do barco". (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Coleção particular alemã, adquirida por volta dos anos 1970.
Coleção particular suíça.
Adquirida pelo atual proprietário acima em 2002.". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça teve seu valor estimado entre £40,000 - 60,000. Até a finalização dessa postagem, não havia informação dizendo se esta peça foi vendida, no site do Christie's.
Barco de papiro. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Busto de calcário amarelo de um oficial
Esse busto de calcário amarelo pertencente a um oficial é do período do reino médio, entre a 11ª e 12ª dinastia (2046-1794 a.C.), e mede 11,6 cm de altura. Os detalhes divulgados sobre essa peça foram: "A peruca na altura dos ombros com lappets pontudos e as grandes proporções do rosto sugere uma data entre a 11ª e 12ª dinastia". (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Com Khawam Brothers, França, 1952.
Coleção particular suíça, Riehen, adquirida em 1971.
Com Roger Khawam, Paris, final dos anos 1980.
Antiquities, Christie's, New York, 10 de junho de 2010, lote 28". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça teve seu valor estimado entre £25,000 - 35,000. Até a finalização dessa postagem, não havia informação dizendo se esta peça foi vendida, no site do Christie's.
Busto de calcário amarelo de um oficial. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Figura feminina de terracota
Essa figura feminina de terracota é do período do reino médio, da 12ª dinastia (1976-1793 a.C.) e mede 15,9cm de altura. Os detalhes divulgados sobre essa peça foram: "Na morte, como na vida, o nobre egípcio procurou compartilhar seu tempo com companheiras femininas. Na 12ª dinastia, os chamados figuras de "concubinas" assumiram a forma de mulheres estilizadas e atraentes e eram feitos de madeira, marfim, faiança e argila. Eles agora são entendidos como representação de uma idéia mais geral da fertilidade e sexualidade feminina, poderes potentes que poderiam dar ao falecido uma nova vida.
Muitos exibem roupas, jóias e tatuagens com estampas brilhantes. A parte de trás da cabeça neste exemplo é perfurada para a inserção do cabelo, com pontos e protuberâncias nas costas e nádegas indicando jóias e tatuagens". (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Supostamente de Mathias Komor, New York, conforme declarado na fatura de 1975.
Com Eugene Victor Thaw, Nova York, antes de 1975.
Com Heinz Herzer, Munique, adquirida posteriormente em 1975.
Antiquities, Christie's, New York, 3 de junho de 2009, lote 3". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça teve seu valor estimado entre £10,000 - 15,000. Até a finalização dessa postagem, não havia informação dizendo se esta peça foi vendida, no site do Christie's.
Figura feminina de terracota. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Cabeça de um homem feita em quartzito marrom
Essa cabeça de um homem feita em quartzito marrom é do período do novo reino, entre a 19ª e 20ª dinastia (1292-1069 a.C.), e mede 16,5cm de altura. Os detalhes divulgados sobre essa peça foram: "O homem é retratado usando uma peruca bipartida, a parte superior estriada, o escalão inferior e com os restos de uma barba falsa. Este fragmento mais provavelmente vem de uma estátua de bloco sentada". (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Com Kalebdjian Freres, Paris, 1942.
Henry de Montherlant, Paris, adquirido posteriormente em julho de 1942.
Arqueologia e artes do Oriente Médio, incluindo a coleção Henry de Montherlant,
Artcuriel, Paris, 7 de novembro de 2017, lote 26". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça teve seu valor estimado entre £20,000 - 30,000. Até a finalização dessa postagem, não havia informação dizendo se esta peça foi vendida, no site do Christie's.
Cabeça de um homem feita em quartzito marrom. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Estátua de bronze de Nefertem
Essa estátua de bronze de Nefertem é do período tardio, da 26ª dinastia (664-525 a.C.), e mede 29,2cm de altura. Os detalhes divulgados sobre essa peça foram: "Aqui o deus é retratado avançando com sua perna esquerda e sua mão direita erguida contra o peito segurando uma cimitarra khepesh. Ele está vestindo uma peruca tripartida estriada encimada por um uraeus, coroada com um toucado em forma de lótus flanqueado por menato e coberto com plumas, uma barba falsa e vestido com um saiote pregueado com cinto, pulseiras e braceletes.
Em Memphis, Nefertem era considerado filho de Ptah e Sekhmet, a deusa leonina temperamental e potencialmente perigosa. Sua natureza feroz era
transmitida ao filho, considerado prejudicial aos recém-nascidos. Para apaziguá-lo, foi necessário fazer oferendas estatuárias, como o presente exemplo". (CHRISTIE'S,2020).
A proveniência divulgada foi: "Com J. Melton, Londres.
J.J. Klejman, New York, USA, adquirido em 9 de junho de 1961.
Coleção particular japonesa, adquirida no início dos anos 1970.
Antiquities, Sotheby's, New York, 7 de dezembro de 2005, lote 16". (CHRISTIE'S,2020).
Essa peça teve seu valor estimado entre £40,000 - 60,000. Até a finalização dessa postagem, não havia informação dizendo se esta peça foi vendida, no site do Christie's.
Estátua de bronze de Nefertem. Fotógrafo desconhecido, Christie's. |
Seria maravilhoso se essa postagem fosse para dizer que todos esses belos artefatos feitos pela antiga civilização egípcia estavam voltando para casa, mas infelizmente a realidade é outra. As belíssimas obras que foram apresentadas aqui, não podem ser vistas pelo grande público, devido ao fato de estarem em coleções particulares. Sabemos que o erro começou há muitos anos atrás, mas o mínimo que deveria ser feito nos dias de hoje era reparar esse grande erro.
Na minha opinião, tudo o que pertence ao Egito tem que ficar no Egito e ponto final.
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Referência: ATEF,Rana. Ancient Egyptian Artifacts to Go Under Hammer. See News,2020. Disponível em: https://see.news/various-ancient-egyptian-artifacts-to-go-under-hammer. Acesso em 19 de Dezembro de 2020.
Referência: Antiquities. Christie's,2020. Disponível em: https://www.christies.com/en/auction/antiquities-28619/browse-lots?intsaleid=28619&lid=1. Acesso em 19 de Dezembro de 2020.
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