Em postagem anterior foi comentado sobre a restauração que está sendo feita no Templo de Khnum, também conhecido como Templo de Esna, que fica na cidade de Esna (margem oeste do Nilo, cerca de 55 km ao sul de Luxor) e é dedicado ao Deus Khnum (o deus em forma de carneiro). Esse templo do período romano que chegou a ser deixado de lado por um tempo, sofreu com a falta de cuidados necessários e com a cidade que cresceu ao seu redor, chegando até mesmo a ser possivelmente usado como depósito para a colheita de algodão desses moradores, durante o reinado de Mohamed Ali Pasha.
O trabalho de restauração no Templo de Khnum, que é fruto da parceria entre o Egito e a Alemanha, com o Centro de Registro de Antiguidades do Ministério do Turismo e Antiguidades do lado egípcio e o Departamento de Egiptologia da Universidade de Tübingen do lado alemão, não é nada fácil porque o templo está muito sujo, cheio de fuligem e sujeira (veja mais detalhes no "Saiba mais"). O trabalho que está sendo feito no templo não é só a restauração, essa equipe está tendo o trabalho de limpar tudo antes de poder restaurar.
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Coluna com desenhos de plantas no Templo de Khnum. Fotógrafo Ahmed Amin, Live Science.
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Cartucho com o nome de Adriano com o Deus Khnum (à esquerda) e o Deus solar Behedeti (à direita) no Templo de Khnum. Fotógrafo Ahmed Amin, Live Science.
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Parte de uma coluna antes da restauração no Templo de Khnum. Fotógrafo Ahmed Amin, Live Science.
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Parte de uma coluna restaurada, com o nome Trajano no cartucho, no Templo de Khnum. Fotógrafo Ahmed Amin, Live Science.
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Todo o esforço dos profissionais envolvidos nesse projeto já está dando bons resultados. Até agora eles conseguiram restaurar algumas partes do templo, o que evidenciou as lindas cores originais das pinturas de 2.000 anos atrás. E fora isso, essa equipe fez uma descoberta magnífica no templo quando eles estavam limpando a parte de cenas referentes as constelações, inclusive a Ursa Maior (conhecida como Mesekhtiu) e Orion (conhecida como Sah). Eles encontraram inscrições sobre constelações egípcias que são desconhecidas no momento, como por exemplo, a chamada "Apedu n Ra" (os gansos de Ra), que é a antiga divindade egípcia do sol. De acordo com o líder do projeto Christian Leitz (professor de egiptologia na Universidade de Tübingen da Alemanha), sem uma imagem para acompanhar essas descrições, não há como saber quais estrelas no céu noturno elas descrevem.
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Processo de limpeza para a restauração no Templo de Khnum. Fotógrafo Ahmed Amin, Live Science.
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Cena que representa a constelação de Orion como Osíris (à esquerda) e Sothis como Ísis (à direita) no Templo de Khnum. Fotógrafo Ahmed Amin, Live Science.
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Cena que representa uma constelação em forma de múmia no Templo de Khnum. Fotógrafo Ahmed Amin, Live Science.
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A explicação feita no artigo do Live Science detalha a representação da Ursa Maior no templo: "Aqui está a antiga representação egípcia da Ursa Maior, vista aqui na forma de uma perna de touro. Inclui sete estrelas e está amarrado a uma estaca por uma deusa em forma de hipopótamo (direita). A Ursa Maior é considerada a manifestação do malvado deus Seth, que assassinou seu irmão Osíris. A deusa impede que Seth alcance Osíris no submundo - um mito possível porque a constelação nunca fica abaixo do horizonte.". (LIVE SCIENCE, 2020).
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Cena que representa a Ursa Maior no Templo de Khnum. Fotógrafo Ahmed Amin, Live Science.
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O trabalho de restauração ainda não terminou, ele está previsto para encerrar nos primeiros meses de 2021. Mas até o momento já podemos ver os bons frutos do empenho de toda a equipe envolvida. Quando todo o trabalho terminar, com certeza, o Templo de Khnum ficará lindo e atrairá muitos turistas. Sem dúvida, é mais um dos destinos a serem incluídos na lista dos visitantes ao Egito.
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Referência: Geggel,Laura. Ancient Egyptian temple reveals previously unknown star constellations. Live Science,2020. Disponível em: https://www.livescience.com/ancient-egyptian-star-constellations.html. Acesso em 21 de Novembro de 2020.
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